Nota de falecimento: Chiquinho
Tomados de profunda tristeza, nos despedimos do maior mestre-sala da história da Imperatriz Leopoldinense, e um dos maiores do carnaval brasileiro. José Francisco de Oliveira Neto, nosso eterno Chiquinho, reinou absoluto nas terras de Ramos, colecionou notas 10, títulos e Estandartes de Ouro. Dono de um estilo único, fez o mundo parar e assistir, em câmera lenta, o bailado de um verdadeiro rei. Herdeiro legítimo da arte que corria no sangue de sua mãe, Maria Helena, formou com ela um dos casais mais emblemáticos do país. Mais do que defender o pavilhão verde, branco e ouro da Imperatriz, Chiquinho deixou um legado profundo e transformador no mundo do samba, inspirou gerações e ensinou que o afeto, e a devoção a porta-bandeira, são características indispensáveis para um mestre-sala. Ao longo de mais de 20 anos de atuação, ele tocou vidas, inspirou movimentos e gravou seu nome nas páginas do carnaval.
Neste momento, mais do que nos despedirmos, honramos a marca que ele deixou na alma de cada sambista. O seu sorriso, a simplicidade e a altivez, assim como seu bailado, serão sempre lembradas por aqueles que amam a dança dos casais de mestre-sala e porta-bandeira.
Hoje, no céu onde encontram-se aqueles que escreveram seus nomes no altar do carnaval, há um baile de gala para celebrar a chegada do rei de Ramos. E, quem o recebe, é ela: a Imperatriz Maria Helena. Lágrimas, giros e sorrisos, para saudar o eterno Chiquinho.
O Grupo Nobres Casais se solidariza com os familiares e amigos neste momento tão difícil, rogando a Deus que o receba em seus braços e que conforte os entes queridos.