Feliz dia do Mestre-sala e da Porta-bandeira
Hoje, celebramos o Dia do Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, um marco que transcende o samba e resplandece como símbolo maior da resistência, do orgulho e da ancestralidade negra. Os casais são guardiões de uma herança cultural forjada na luta contra o apagamento. Ao bailarem, trazem à vida histórias que a escravidão tentou silenciar, mas que o povo negro eternizou em gestos, ritmos e cores.
Juntos, contam uma narrativa de devoção e respeito à história de suas comunidades. Cada passo desenhado no asfalto é um grito de liberdade, um eco de ancestrais que, mesmo diante da opressão, dançaram, cantaram e resistiram.
Essa data é um convite à reflexão e ao reconhecimento da força do povo negro, que transformou dor em arte, exclusão em festa e memória em futuro. É, também, um tributo a todos aqueles que, a exemplo de Chiquinho, que nos deixou esse ano, construíram, no imaginário popular, a imagem afetuosa dos casais de mestre-sala e porta-bandeira.
Hoje, exaltamos os casais que, com graça e valentia, nos lembram que o Carnaval é mais que folia: é um ato de resistência, uma celebração da identidade e uma ponte para a eternidade. Mais do que isso, é um verdadeiro ato de amor. Amor às escolas de samba, as muitas cores que bailam em espirais de emoção e a cumplicidade entre dois indivíduos que, ao bailarem, transformam-se em um.
Um feliz Dia do Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira a todos aqueles que fizeram da arte de defender um pavilhão uma missão de vida. Que vocês sejam valorizados e respeitados pelo aquilo que são e pelas marcas inesquecíveis que deixam no coração de todos aqueles que tem o privilégio de vê-los dançar.