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24 de novembro, dia do mestre-sala e da porta-bandeira

Mais um 24 de novembro em que reunimos nossos corações para homenagear aqueles que tem por missão defender, desfraldar e apresentar o maior símbolo de uma Escola de Samba. A figura do mestre-sala, imponente e protetora, coadjuvante voluntário do brilho e nobreza da porta-bandeira, já inspirou canções e poemas. Ele, forte e valente, confunde-se com o próprio samba que, mesmo perseguido, não abdicou do direito de existir como arte e como alento ao coração dos mais necessitados. Assim como o mestre-sala corteja sua porta-bandeira, o samba é o ar que nos rodeia e guarda. Nos últimos meses, em função da pandemia, nos vimos longe de nossas quadras, nossos terreiros e, agora, aos poucos, retomamos a nossa missão, o nosso legado.

Num primeiro momento, a ausência de um mestre-sala em nosso vídeo institucional pode chamar a atenção. No entanto, convidamos um mestre especial para essa ocasião: o samba! Que, se por um lado é invisível aos olhos, por outro faz o corpo arrepiar e lágrimas surgirem. Assim como o mestre-sala mais devotado à sua porta-bandeira, o samba é a atmosfera que nos cerca e envolve, bailando suave sobre nossa pele, acelerando corações e nos fazendo lembrar que resistir é uma necessidade diária e uma herança inegociável.

E é ele, o samba, nosso mestre-sala ancestral, que nos embalou durante esses meses de isolamento, e que hoje, pelas mãos, e pés, dos herdeiros de Ciata, retorna ao palco iluminado da folia, conduzindo porta-bandeiras, incorporando em mestres-salas. Fazendo dos casais de mestre-sala e porta-bandeira a imagem mais potente do carnaval brasileiro, capazes de emocionar até o mais descrente folião. Aos bailarinos do samba, sacerdotes e guardiões dos segredos das avenidas da vida, os nossos sinceros e calorosos parabéns.

Música: Lá vem ela · Fernando Penteado · Memória do Samba Paulista

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